A casa do eco-deputado Alan Simpson

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Eco-casa do deputado britânico Alan Simpson

Por António Cerveira Pinto

Gostava de saber quantos deputados portugueses têm um sítio web, um blogue, um twitter ou participam sequer em redes sociais de uma forma sistemática. Vou perguntar-lhes um dia destes.

É que para além da disciplina partidária, os deputados deveriam prestar contas regularmente da sua acção, dando-nos a conhecer o que vão fazendo no dia a dia enquanto representantes eleitos pelo povo. Este exercício, além de um dever democrático nas actuais sociedades cibernéticas, potencia a desejável autonomia intelectual e ética de cada um dos membros dos vários partidos representados no parlamento.  O futuro da democracia não pode continuar a depender da abstinência intelectual e de acríticas disciplinas partidárias, perpetuando afinal uma lógica de decisão de cima para baixo, centralista, que pode dever muito ao leninismo, mas em nada abona a favor da saúde e sobretudo da inteligência democráticas.

O exemplo que a seguir divulgamos —o do deputado trabalhista inglês Alan Simpson—, e que se refere à sua activa e comprometida agenda ecológica, deveria inspirar, quanto mais não fosse, os jovens deputados, de todos os partidos, que recentemente ingressaram na Assembleia da República.

Depois da Cimeira de Copenhaga teremos que discutir tim-tim-por-tim-tim o actual Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética. É urgente corrigir a filosofia corporativa que presidiu à respectiva formulação. É urgente libertar a política nacional de eficiência energética e adaptação às mudanças climáticas e do paradigma energético, do controlo para fins meramente especulativos e de ganho indevido por parte das grandes empresas, dos seus lóbis e das suas conhecidas antenas partidárias. Precisamos de uma verdadeira parceria entre a cidadania e o Estado, entre o público e o privado, em vez da captura do Estado por uma burguesia burocrática indolente, oportunista e corrupta, acolitada frequentemente por políticos corruptos de A a Z.

Faith Hope and Chaos

Alan Simpson MP provides a brilliant conceptual and practical roadmap for shifting hearts, minds, and actions towards an energy revolution that will set the world on fire.

… One way or another the energy company will have to understand that their future is going to be found in shifting to decentralized energy systems. Households and communities will be their real partners and stakeholders; not shareholders strewn across the world. In future, the dividends will go back to local communities.  The truth about this revolution is that this is where we started from.

Our first energy company was born in 1817 at the corner of Water Street, Manchester.  It was founded by a clearly Trotskyist organization, known as the Manchester Police Commissioners. They put a gas lamp outside the police station on the corner of Water Street.  People came from miles around to look at this flickering lamp.  People would gaze up at it and say, “It’s marvellous, marvellous, but it’ll never catch on.”  Within ten years this had become the Manchester Gas and Water Company.  It was at the beginning of an era, from 1817 to 1890, when across the land, you saw towns and cities developed their own municipal gas, water and electricity companies.

Within ten years, Manchester’s had become the source of energy security and water security for the whole of the city.  Over the following 50 years, the proceeds of the company built parks, libraries, swimming pools and museums as part of the social dividend that went along with energy and water security.

What we forget is that these companies were driven by us and funded by local bonds; municipal bonds into which people put their pensions and savings, because they were a secure savings pot along with a ‘quality of life’ bonus that came every year.

We have become so mesmerised by today’s global casino economy. We are still being told that this is the only way that we can give ourselves secure pension prospects; throwing our pension contributions into precisely the same casino that squandered most of them over the past decade. What we have to do is make the intellectual break to give ourselves a different future. It is absolutely true that all of this is within our reach.

Published by Institute of Science in Society (ler artigo completo aqui)

Sítio web do deputado inglês Alan Simpson

Eco-casa do deputado inglês Alan Simpson

1 responses to “A casa do eco-deputado Alan Simpson

  1. Maria de Fatima Biscaia

    Não posso estar mais de acordo.
    Talvez este excelente exemplo possa acordar algum dos nossos deputados.
    O rebanho dos nossos parlamentares deixa-me cada vez mais deprimida.

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